O que Visitar

VALENÇA JÓIA PATRIMONIAL DA HUMANIDADE

A Fortaleza de Valença é uma das principais fortificações militares da Europa, com cerca de 5 km de perímetro amuralhado, sobranceira ao rio Minho, frente a Tui. Um espaço de convivência galaico-minhoto, comercial e turístico por excelência.

Obra de arquitetura militar abaluartada, cujos primeiros muros remontam a um povoado da Idade do Ferro e que atualmente possui um sistema abaluartado, edificado nos séculos XVII e XVIII.

A fortificação localiza-se no topo de dois outeiros e é formada por dois polígonos: a Magistral (mais antiga) e a Coroada, separados por um fosso, com falsas-bragas.

10 baluartes e 2 meios baluartes, 5 revelins, 5 reparos, 6 redentes, 2 contraguardas, 2 cobre-faces, 1 tenalha, 34 guaritas, 214 canhoneiras, 6 fortes, 3 poternas, 2 paióis, 10 casamatas, são alguns dos elementos da arquitetura militar abaluartada que se projetam e é possível apreciar nesta fortificação.

Património no Bairro

CAPELA DE NOSSO SENHOR DO ENCONTRO


De planta simples e linhas elegantes, esta capela distingue-se pela sobriedade harmoniosa da sua fachada, refletindo a profunda espiritualidade que lhe está associada. Verdadeiro símbolo da religiosidade local, é um espaço de recolhimento que convida à contemplação e à fé.

 Uma paragem obrigatória para quem valoriza o património sacro e a autenticidade das expressões religiosas de Valença.







CENTRO MUSEOLÓGICO DA GUERRA DA RESTAURAÇÃO / CENTRO DE INTERPRETAÇÕES DOS CASTELOS E FORTALEZAS

Este é um dos edifícios militares mais emblemáticos da Fortaleza de Valença, concebido à prova de bomba para resistir aos confrontos e preservar munições com segurança. 


A sua robustez e arquitetura estratégica refletem a importância militar que a cidade sempre desempenhou. Atualmente, alberga o Centro Museológico da Guerra da Restauração, um espaço que convida à descoberta da história militar da região, com especial enfoque no papel crucial de Valença durante os conflitos luso-espanhóis do século XVII. 


O edifício é composto por duas salas de planta retangular, envolvidas por um alto muro defensivo. No seu interior encontra-se sepultado o Tenente-General João Victória Mirrón de Sabione, oficial suíço contratado por Portugal para reforçar o artilhamento da Fortaleza — figura central no reforço das capacidades defensivas de Valença.

MONUMENTO AOS COMBATENTES DA GRANDE GUERRA DE VALENÇA

Este monumento presta homenagem à participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, distinguindo-se pela representação simbólica e rara da figura humana e da deusa alada da Vitória (Nikê), que coroa a composição com uma coroa de louros.


A estrutura assenta sobre um soco quadrangular, elevando-se numa coluna lisa com capitel decorado por escudos, que culmina num plinto onde se ergue a figura da Vitória. A obra conjuga elementos neoclássicos revivalistas com marcadas influências Art Déco, especialmente visíveis na estilização da figura feminina e das suas asas.


O capitel ostenta o brasão de Portugal, ladeado por uma estrela e luas crescentes, enquanto o ábaco é esculpido como uma muralha com torres, evocando a fortaleza e resistência nacional. Um tributo imponente e simbólico à memória dos combatentes, que alia arte, patriotismo e solenidade.


ESTÁTUA S. TEOTÓNIO

Esta escultura do século XX presta homenagem a São Teotónio, figura maior da espiritualidade portuguesa e símbolo da identidade nacional. Nascido em 1082, na freguesia de Ganfei, em Valença, e falecido em Coimbra a 18 de fevereiro de 1162, foi o primeiro português a ser canonizado, apenas um ano após a sua morte, pelo Papa Alexandre III.


São Teotónio destacou-se como defensor dos cristãos cativos, tendo intercedido, segundo a tradição, pela libertação de cerca de mil homens, mulheres e crianças moçárabes capturados durante incursões à Andaluzia. A sua ação e influência espiritual valeram-lhe o reconhecimento como padroeiro dos cativos.


Confessor e conselheiro de D. Afonso Henriques, era profundamente respeitado pelo rei fundador de Portugal, que lhe pedia bênçãos e lhe beijava a mão em sinal de devoção. Esta escultura celebra não apenas o homem de fé, mas também o inspirador da nacionalidade portuguesa, cuja vida e legado continuam a ser lembrados como exemplo de virtude, coragem e devoção.

CAPELA DO BOM JESUS


Datada do século XVII, esta capela harmoniza elementos barrocos e neoclássicos, sendo um exemplar marcante da arquitetura religiosa da época. 


A sua história está profundamente ligada à vida militar da Fortaleza, servindo como espaço de devoção e recolhimento para os soldados. 


Destaca-se a imagem de Nossa Senhora do Carmo, venerada como “padroeira dos militares”, que tradicionalmente acompanhava o exército nas suas campanhas. 


Um local onde espiritualidade e história se cruzam num ambiente de paz e contemplação.





CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DA FORTALEZA


Assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura — distinguido com o Prémio Pritzker em 2011 — este edifício é uma referência contemporânea integrada no coração da Fortaleza de Valença. Inaugurado em 2009, surgiu no âmbito do projeto de Requalificação dos Espaços Públicos da Fortaleza, valorizando o diálogo entre o património histórico e a arquitetura moderna.


Mais do que um ponto de apoio, este espaço acolhe e apresenta a história da fortificação, oferecendo ao visitante uma perspetiva informada sobre a importância estratégica, militar e cultural de Valença ao longo dos séculos. 


É uma obra que alia funcionalidade e elegância, ao serviço da memória coletiva.






PARQUE INFANTIL - FORTALEZA DOS PEQUENINOS

Este espaço lúdico foi cuidadosamente concebido para oferecer momentos de diversão às crianças, integrando-se de forma harmoniosa no centro histórico da Fortaleza de Valença. Inspirado no imaginário militar que marca a identidade da cidade, o parque recria, de forma criativa, elementos simbólicos da arquitetura defensiva.


Rodeado por uma vedação de madeira que evoca as muralhas históricas, o espaço conta com um pórtico de entrada e pequenas guaritas, reforçando o ambiente temático e estimulando a imaginação dos mais novos.


Está equipado com uma variedade de estruturas que promovem o movimento e o jogo simbólico, incluindo rede de escalada, escorregas, ponte suspensa, barra de bombeiros, muro de escalada, baloiço duplo em troncos “Cadeirão do Rei”, mola em madeira, monóculo e o clássico jogo da macaca. Um local onde a brincadeira se cruza com a história, pensado para cativar crianças e encantar famílias.


MUSEU DO BOMBEIRO


Instalado na antiga “Hospedaria Militar” da Fortaleza, o Museu do Bombeiro é um espaço museológico dedicado à preservação e divulgação da memória dos soldados da paz. Desde 1994, reúne um dos mais ricos e diversificados espólios ligados à atividade dos bombeiros, contando com cerca de 4.000 peças em exposição.


O acervo inclui equipamentos, fardamentos, veículos em miniatura, medalhas, documentos e objetos históricos da corporação dos Bombeiros Voluntários de Valença, bem como exemplares oriundos de várias partes do mundo. Um espaço que presta homenagem à coragem, ao serviço público e à solidariedade, convidando o visitante a descobrir a evolução desta nobre missão ao longo do tempo.






MARCO MILIÁRIO PELOURINHO DE VALENÇA


O Marco Miliário Romano, datado do ano 43 d.C., foi mandado erigir pelo imperador Cláudio. Assinala a distância de 42 milhas entre Braga e Tui, tendo sido construído aquando das obras de beneficiação da Via IV do Itinerário de Antonino. Em 1680, o marco foi transferido para o local onde hoje se encontra e adaptado a funções de pelourinho.













IGREJA DE SANTO ESTEVÃO


Construída em 1283, no século XIII, por ordem de D. Dinis, a igreja românica foi instituída como templo sob seu padroado. Mais tarde, em 1398, por determinação de D. João Garcia Manrique, Arcebispo de Santiago de Compostela, tornou-se sede da Colegiada de Santo Estêvão e, posteriormente, do Bispado de Ceuta.


O edifício sofreu uma reconstrução em estilo neoclássico em 1792, mantendo ainda elementos românicos na sua estrutura.

No interior, destacam-se várias preciosidades artísticas: a cadeira episcopal em estilo gótico-mudéjar, datada do século XV; as cadeiras do coro, encimadas por painéis maneiristas do século XVI que ilustram a vida de Santo Estêvão; e uma pintura do mesmo século representando Nossa Senhora do Leite.





POÇO DO TREM MILITAR


Poço com fonte associada, construídos entre os séculos XVIII e XIX, possivelmente por ordem régia, integrando o antigo Trem da praça-forte.


O poço, de grande profundidade, apresenta um bocal circular em cantaria e pilares que sustentam o sistema de extração, o qual foi sendo modificado ao longo do tempo. A fonte, de traço simples, tem forma paralelepipédica, com cornija e espaldar onde se destacam as armas reais ladeadas por urnas.


Possui bicas circulares de linguagem mais moderna, um tanque retangular frontal e um segundo tanque lateral, de menor dimensão.







CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DAS FORTALEZAS ABALUARTADAS DA RAIA

O Centro de Interpretação é um espaço dedicado à valorização, estudo e divulgação do vasto património militar que caracteriza a linha de fronteira entre Portugal e Espanha. Situado numa região de elevada importância estratégica e histórica, convida os visitantes a explorar o legado das fortalezas abaluartadas — complexos sistemas defensivos construídos entre os séculos XVII e XIX, em contextos de conflito e afirmação territorial.

Através de exposições interativas, conteúdos multimédia e recursos pedagógicos, o Centro oferece uma verdadeira viagem no tempo, permitindo compreender a evolução da arquitetura militar, o papel das guarnições fronteiriças e o impacto das guerras na vida das populações raianas.


Mais do que um espaço de memória, o Centro de Interpretação assume-se como um ponto de encontro para o conhecimento da Raia enquanto território vivo, de resistência e convivência. Ao mesmo tempo, reforça a importância da cooperação transfronteiriça na preservação e valorização de um património partilhado.

PORTA AFONSINA / PORTA DO AÇOUGUE /

VESTÍGIOS ARQUEOLÓGICOS DO POVOADO

FORTIFICADO 


Localizadas no lado poente do Recinto Magistral, junto ao Paiol do Açougue, nas Cortinas de São João, estas portas encontram-se sobrepujadas pelas armas reais com as cinco quinas, dispostas em orla e sem a bordadura de castelos — características do reinado de D. Afonso III. No Livro das Fortalezas de Duarte D’Armas, surgem representadas ladeadas por um torreão.


Atualmente, têm uma função meramente funcional, servindo de acesso à falsa braga do Baluarte de São João e ao caminho de ronda que conduz ao Baluarte do Carmo. Contudo, na época medieval, constituíam uma das principais portas de entrada da fortificação e uma ligação estratégica ao rio Minho.



IGREJA SANTA MARIA DOS ANJOS


A Igreja Matriz de Valença distingue-se pela sua arquitetura que combina elementos românicos e góticos.


Construída em 1276, no século XIII, apresenta uma planta longitudinal composta por nave única, capela-mor e torre sineira. No interior, destacam-se os retábulos e a vista privilegiada para a Capela das Carlas, que confere profundidade e valor artístico ao conjunto.


Mais do que um espaço de memória, o Centro de Interpretação assume-se como um ponto de encontro para o conhecimento da Raia enquanto território vivo, de resistência e convivência. Ao mesmo tempo, reforça a importância da cooperação transfronteiriça na preservação e valorização de um património partilhado.



CAPELA DA MISERICÓRDIA

 

Construída em 1558, no século XVI, esta capela localiza-se no extremo norte da Fortaleza. Trata-se de um edifício de arquitetura religiosa que conjuga elementos dos estilos barroco e neoclássico.


Apresenta uma planta longitudinal, composta por nave única, tendo sido alvo de remodelações no século XVIII.


A sua edificação implicou a ampliação do espaço sobre o adro da Igreja de Santa Maria dos Anjos, onde anteriormente existia um oratório.









POÇO DO BOM JESUS


Mandado construir no século XIX pelo Tenente-Coronel Isidoro Magalhães Marques da Costa, então governador da praça-forte de Valença, este poço de água doce desempenhou um papel essencial no abastecimento da guarnição militar instalada no Recinto da Coroada.


Inicialmente situado junto à Capela do Bom Jesus, foi posteriormente transferido para o Trem Militar e, mais tarde, relocalizado para a área em frente ao Paiol do Campo de Marte. Para além da sua função prática, o poço é um testemunho notável da engenharia militar da época e da constante adaptação das infraestruturas às necessidades estratégicas da Fortaleza.






NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE VALENÇA

 

A moradia, com traços arquitetónicos que refletem a transição entre o estilo românico e o gótico, alberga atualmente o Núcleo Museológico Municipal.


Instalado nos antigos Paços do Concelho, o Núcleo apresenta uma exposição permanente que inclui réplicas das gravuras rupestres da Tapada de Ozão, vestígios da presença romana e documentos sobre a formação da Fortaleza de Valença durante o período medieval.


O espaço museológico está organizado em três áreas expositivas: Arqueologia, Fortificação Medieval e uma sala dedicada a exposições temporárias.







Saiba mais sobre os pontos de interesse turísticos, rotas e percursos em Valença

Visite-nos no website oficial do Turismo de Valença.

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